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Os Relacionamentos – Amizade I

  • Foto do escritor: Mafalda Afonso
    Mafalda Afonso
  • 12 de set. de 2016
  • 7 min de leitura

Que a poesia da vida nos presenteie a cada instante com a oportunidade de fazer florescer uma das mais valiosas graças da vida, a iluminada, brilhante e preciosa pérola que é a Amizade e seus translúcidos laços.


Falamos diariamente de amizade. Pressupõe que para que a tenhamos com alguém, primeiramente, a tenhamos com nos próprios. Esta tão sublime e carismática relação com o próximo, que nos leva a um expoente de quanto o seu teor é precioso, significa aceitação, empatia, honestidade, genuinidade, transparência, sinceridade, despretensão, solidariedade, alegria, ação motivadora, capacidade inteligente e sabia para alertar, tolerância, compaixão, é uma forma de Amor Incondicional, que congrega inúmeros adjetivos, além dos já mencionados, e que não só se expressa com palavras, mas sobretudo, com as ações e comportamentos.


Naturalmente existem vários graus de amizade, sendo que a sua profundidade, se conjuga com a empatia, quer a nível, intelectual, gostos, valores de carácter, comportamentos, entre outros. No entanto, não se confere na respetiva profundidade, a total ou nem mesmo parcial concordância com as mesmas ideias, pensamentos, interpretações, visão, ações, evidentemente, porque independente da profundidade, existe a identidade de cada um e a sua forma particular de ver o mundo, e este gracioso laço entre dois seres, assenta principalmente no RESPEITO mútuo, na capacidade de interagir com o outro com assertividade e justiça.

Qualquer tipo de relação interpessoal, que se prime, é essencial que seja pautada, primeiramente pelo conceito verdadeiro e espontâneo de respeito e sinceridade, só assim poderá nascer e ser preservada a amizade.


Nesta primeira abordagem sobre os relacionamentos de amizade, é essencial que nos foquemos naquela que é GENUÍNA e DESPRETENSIOSA. E ter em atenção que muitas vezes a palavra AMIZADE é usada de forma leviana, no que diz respeito, aos chamados conhecidos ou companhias de ocasião, muitas vezes, desprovidas de qualquer tipo de laço e muitas vezes carregadas de pretensões e interesses egoístas e egocêntricos. Maioritariamente os mais crédulos e de puro coração, são ludibriados pela sua desatenção a palavras e ações, algumas descaradas e outros sublimes sendo que ambas, são regadas e decoradas pela falsidade e representação. Existe da parte do “vampiro” apenas necessidade de saciar o próprio Ego, e servir os próprios interesses. Uma das suas características mais inatas é a concordância com tudo, é raro haver qualquer tipo de discordância, é quase como um conto de fadas, mas na hora da verdade, cai a mascara e o pano desfecha a peça. Aquando da obtenção do seu objectivo, trai sem pudor. No momento em que mais se precisa, desaparece como uma mágica. Porque acontece? Muitas vezes porque não mantivemos a respetiva distância para antes de deixar entrar, observar atentamente os sinais que sublimes ou não que sempre são dados. A intuição, se tivermos atentos, e neutros, sempre fala ao coração, âmago, essência. Não obstante é preciso ter em consideração, que nem sempre o amigo ou próximo, ou não da categoria, pode ajudar, mas na amizade verdadeira, ou relação interpessoal, a sinceridade e respeito, vão sempre imperar, e mesmo em necessidade de ausência física, ela não cobra e faz-se presente de alguma forma.

Obviamente, em tudo o que aqui é redigido, e como sempre menciono, cada caso é um caso.


A amizade ou relação interpessoal, independente da profundidade é coroada de LIBERDADE, de deixar o outro ser o outro, saber quando é preciso “calçar os seus sapatos”, para compreender a posição do outro. Respeitar seu espaço e o seu tempo, e quando alguma das partes não o entende, assertivamente, e com plenitude de inteligência emocional, saber fazer perceber sem ferir. Ou seja, ser desprovido de egocentrismo, instinto de competição, controlo e domínio sobre o outro…


Inequivocamente ninguém nasce ensinado e nem todos temos o mesmo conhecimento, aptidões ou dons, e as falhas associadas às relações interpessoais, muitas vezes, ocorrem por desconhecimento, falta de experiencia, falta de autoconhecimento e auto-relacionamento, que se traduz, maioritariamente, por carência de autoestima, amor-próprio, existência preconceitos e medos ocultos ou assumidos, escassez de conhecimento e pratica da assertividade, inteligência emocional, capacidade de observação, penúria da pratica do escutar, saber interpretar a linguagem corporal, tons de voz, tipo de olhar, expressão facial, e muito mais. Para os mais curiosos, existem inúmeros livros sobre o assunto, mas é essencial, observar em desapego, fora de si mesmo, isento de julgamentos precipitados, faciosos ou pretensiosos, para ser sensível aos bailados do ser com quem interagimos.


Para procurar evitar o desagradável sabor de inadequadas relações interpessoais ou amizades sem boas intenções, que podem ser causadoras de profundas feridas, é necessário, conhecimento, e conhecimento, exige informação, pesquisa, estudo, ponderação, analise, desenvoltura na perspicácia, capacidade de tolerância, perdão, e, como não poderia deixar de ser evitar “colocar óculos cor-de-rosa” no que observamos, e ignorarmos os “insights” que falam no nosso interior, quando nos aprendemos a escutar e auto-relacionar. Em suma é preciso trabalhar, praticar, despir-se dos medos e preconceitos, encarar a realidade de frente. Escutar e olhar, como se víssemos um filme.


E depois da ferida feita?... bom, só existe três remédios, perdoar que não significa esquecer ou ficar desmemoriado, e sim ser imune emocionalmente à situação, tratar da ferida e esperar sua cicatrização, assim será possível, seguir em frente de cabeça erguida e ficar atento seguindo os preceitos do paragrafo anterior. Não perder tempo a julgar, querer vingança ou justiça, a não ser que seja algo, que ultrapasse os parâmetros “normais” de integridade física, moral, intelectual (infelizmente em certas culturas para algumas questões muito precária e limitada). Quando assim for, entregue isso, sempre que possível, à justiça e leis instituídas pela constituição às quais está inserido. Entregue sempre, para quem crê nas mãos do Divino, natureza, Universo…, ou simplesmente, tenha em conta leis da sementeira, o que se semeia se colherá, ou seja, inequivocamente, lei da reciprocidade ou atração. É o chamado efeito boomerang, o que é lançado sempre volta, por isso tenha atenção, principalmente nas suas atitudes, porque como diz o ditado as ações ficam para quem as pratica… e quem semeia ventos colhe tempestades… se semear harmonia colherá a bonança… tarde ou cedo, é inevitável… e obviamente dependendo do que semeia… e análogo à natureza, se erva a verá mais rapidamente, se um bambu, o tempo de ver alguma coisa acima da terra, demorará alguns anos, mas não se preocupe porque ele cresce sempre primeiro em raiz em alicerces, só depois emerge do solo, e quando chega a hora a rapidez e expoente de crescimento aos olhos de todos é abismante… Não obstante, seja assertivo, e não permita o calcar de ninguém.


Uma das características identificadoras de amizade ou relação interpessoal benéfica, é a consciência de agir com os outros, como gostaríamos que agissem connosco, infelizmente em determinados contextos, como o da baixa autoestima, consciência e de conhecimento das “Leis pelas quais se rege o Universo”, em muitos casos já bem fundamentados pela ciência, isso pode não fazer sentido. Pessoa que utilize estes princípios de amar o outro como a si mesmo, é consciente e naturalmente, detentor de autoestima, e consequentemente, com mais ou menos esforço, consegue colocar-se no lugar do outro.


E porque atraímos determinados “tipos de pessoas”? Na generalidade, a tendência é atrair os nossos espelhos, ou seja seres similares a nós, no entanto, nem sempre esta questão é assim tão rudimentar, pois por vezes é necessário experienciar algumas desventuras para concluir aprendizagens ou entendimento de factores que devido à estrutura de cada um não seria possível abranger, assimilar ou transformar, determinadas características, modelos de pensamento ou interação.


O diálogo aberto é fundamental, indispensável. Permite com a sua prática em diversos assuntos e prismas perceber tanto as congruências como incongruências, a nível de pensamentos, sentimentos, ações versos citações, linguagem corporal no cômputo geral, que diz muito mais que milhares de palavras e não pode mentir, pois mesmo que esteja a representar não conseguirá fazê-lo por muito tempo, porque o subconsciente e os neurotransmissores (ondas cerebrais dos pensamentos e emoções) e toda a bioquímica, não tem a aptidão de mentir por mais dissimulada que uma pessoa seja. É preciso perceber o grau de partilha, integridade, valores instituídos no âmago, nível de ego, se pende para o Egocentrismo. É preciso despender tempo e atenção para termos discernimento com quem estamos a lidar e como sair ou imunizar-se, se não for companhia adequada, sem conflitos ou agressões.

Ainda existe muito por dizer, sobre este o maravilhoso esplendor da amizade, que voltará a emergir como tema em outras pastagens.


Que a amizade VERDADEIRA, seja uma constante na vida, como todos os benefícios da sua simplicidade e integridade. Não a temos com todos, tendo em conta que todos somos diferentes e nem todos comungamos das mesmas vertentes ou empatia, no entanto, podemos SEMPRE RESPEITA-LOS. Mas quando essa genuína, amizade pessoal e interpessoal existe, não se vê nela capas de preconceito ou temor de falência, pois ela é crescente e transparente e procura no conhecimento conjunto apoiar, alicerçar, complementar, multiplicar, somar. Amizade é doar a si e aos outros. Aqui as relações amorosas, além da inerente, química ou atração física, podem prosperar no tempo, pois são a base do entendimento entre duas partes, que é tolerante e condescendente, mediante situações da vida e da relação menos agradáveis. Não obstante, se não existir amor-próprio, e capacidade analítica e senso de integridade, nas diversas vertentes, não se saberá o que vale a pena finalizar ou continuar.


Que sejamos a cada dia a semente que prospera em uma relação reciproca, que haja fé, esperança para, quem quer, encontrar ou preservar o elo verdadeiro de um relacionamento sentimental, autêntico, cúmplice, amigo e despretensioso. Este tema será abordado em profundidade nas próximas portagens dos RELACIONAMENTOS.

Este ou outros textos por mim redigidos, tem como fundamento, o despertar da consciência, promover a reflexão, pesquisar, e deixar cada um ser LIVRE de VOAR no seu SER e obter as suas próprias conclusões a cada passo!


Mafalda Afonso - Terapeuta Holística - ©todos os direitos reservados

 
 
 

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